Estando já sozinhos, Siridgum pegou em duas espadas e entregou uma a Léxia. A rapariga parecia nervosa, pois as suas mãos tremiam.
– Estás com medo de aprender?! – perguntou Siridgum, abstendo-se de lhe ler os pensamentos.
– Não… É que estiveram a falar-me de ti… Sei que dominas o Fluxo muito bem, sinto-me pouco à-vontade. Acho pena que estejas a perder tempo comigo.
– Perder tempo…?! Nunca se perde tempo…
Siridgum baixou a espada. Olhou melhor para os olhos de Léxia, sentindo de imediato que uma onda de energia se formava, envolvendo-os. A rapariga sentiu o mesmo, mas nenhum dos dois comentou este facto. Aquele treino entre eles não era um facto banal – era uma coincidência do Fluxo.
Ambos tiveram dificuldade em concentrar-se nas espadas. Não se conheciam, mas as energias dos dois misturavam-se sem cerimónia. Aos poucos, começavam a saber detalhes da vida um do outro sem querer. Isso baralhou-os.
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